Passeio sem rumo pela calçada já gasta do uso, enquanto a ferocidade do vento me atinge a face e a sensação de liberdade extravasa por todo o meu corpo, como há muito tempo não acontecia.
O cabelo baloiça para cá e para lá deixando-se levar pela força da natureza, e eu, eu, deixo-me ser engolida por este conjunto de sensações.
Deixo o pensamento levitar. A minha mente já voa acima do chão, a minha mente sempre voa acima de tudo, mas hoje está leve, muito leve.
Sinto-me a ser empurrada pelo vento. As minhas pernas não obedecem se não à sua força. Fecho os olhos. o sol brilha por cima de mim, aquece-me. A sensação de que toda a natureza me abraça é soberba.
De olhos fechados tudo tem um pouco mais de sentido. Os sons completam-se, a calor equilibra a frescura da brisa.
Lentamente abro os olhos e tudo se esvaia do meu pensamento. O vento já não está ali, o sol já não está a brilhar. Apenas o computador se encontra diante de mim.
Estas viagens de pensamento sem me levantar da cadeira parecem cada vez mais reais, mas afinal de contas, sempre ouvi dizer que a imaginação é o maior passaporte para o mundo.
Pois bem mundo, vamos ver quem se excede, se tu, ou se a minha enorme imaginação.
SR
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