sexta-feira, 8 de abril de 2016

Pensamentos aleatórios de um coração dececionado

A manhã traz esperança, alento, confiança, paz de espírito, traz força, coragem, amor próprio. Mas quando a noite se põe há silêncio, solidão, memórias, mágoa, lágrimas, vazio, cama fria.
Entre belas manhãs e tortuosas noites, assim se têm passado os dias. Dizem que o tempo cura todos os males, não dizem é que o passar dos dias parece a espera pela troca do século.
Sou impaciente por natureza, principalmente por ser feliz, mas o destino tem-me testado, tem-me pregado umas belas, ou não tão belas, partidas e eu pergunto-me o que fiz para ter caído em tais ciladas marotas do dito cujo.
Enfim. Estou cansada. Notei que sempre que escrevo estou assim. É um escape. Aqui eu ponho os pensamentos tristes e confusos em palavras e parece tudo menos difícil, um fardo mais leve, pois os ombros já doem.
Apesar do cansaço, da tristeza, das dores de coração que não se sentem fisicamente mas quase, o sono não vem. Faz parte, acho eu, da experiência de ter um coração partido. Experiências da treta diria eu.
Dizem que não se morre disto, mas eu penso que também não se vive, sobrevive-se. E às vezes perde-se a força, a luz e não se sabe onde procurá-las. Talvez se encontrem na próxima manhã com o raiar do sol. Talvez com o seu calor me aqueça o frio vazio que esta noite trouxe. Talvez chegue o dia que ele não desapareça quando o breu chegar. Talvez um dia volte a ser feliz. Talvez.

Pensamentos aleatórios de um coração dececionado,
SR

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Adeus

Hoje é o dia que te digo adeus. Fiquei por tanto tempo à espera de uma razão para ficar... fiquei por tanto tempo apesar de toda a arrogância, desprezo, mágoas... Fiquei por acreditar que no fundo algum dia me tinhas amado. O amor verdadeiro é uma raridade... não sei porque algum dia pensei que o tinha finalmente encontrado contigo. Obrigada apenas por me mostrares que eu posso ser melhor que isto, porque à custa de tudo eu percebi que eu mereço mais do que dias de ausência, chamadas desligadas, palavras duras...
No meio disto tudo queres saber a melhor? Apesar de tudo o que te disse e dos meus sentimentos confusos e contraditórios, eu ainda te amo, mas agora é tarde. Apenas precisava de o dizer.

Hoje é o dia que te digo adeus, por isso aqui fica o meu último Adeus.
SR


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Tenho-te pedido para ficares.

Ás vezes o destino prega-nos algumas partidas... Eu por exemplo acho que o meu tem brincado um tanto às barbies comigo. É verdade. Um dia lembrou-se e achou que eu tinha estofo para gostar de alguém que vive nos píncaros e bola para a frente. Quem lide com o resto que se lixe. Em que estavas tu a pensar seu grande idiota?!
Ao início quando me puseste esta ideia marada no pensamento até tolerei, (ao início tudo se tolera), até certo ponto tudo me pareceu possível. Comecei a acreditar que a distância era a nova maneira de nos fazer sentir saudades e que com amor o impossível é alcançável (que, romântica, tonta e ingénua). 
O pior é depois destino... quando inevitavelmente os erros começam, as pessoas se desiludem mutuamente, se percebe que as expectativas ficaram aquém, que as atitudes são inferiores às palavras e estas por sua vez são meros adornos. 
Será o amor egoísta? Sim acho que o é. Egoísta ao ponto de querermos a pessoa tão perto de nós que todos os minutos parecem poucos para que lhe possamos tocar.  Egoísta no sentido de a queremos guardar para nós e só para nós, com o medo sempre presente de deixar ir e de não vê-la voltar. Mas o amor não é egoísta quando se trata de pôr a outra pessoa em primeiro plano, fazê-la sentir-se feliz, dar-lhe mundos e fundos para vê-la sorrir. Eu acredito que esse amor existe. Na verdade esse é o único amor em que eu acredito. Pode-se pensar que um amor à distância se é verdadeiro tem tudo para dar certo...por todas a provações, por se ter ultrapassado tanto... mas e se não é... quero dizer: e se não é verdadeiro para os dois?! se para um a distância não passa de algo bom que o impede de viver numa prisão?!
Sejamos realistas, todas as relações à distância chegam a um ponto que têm que passar a não o ser. Ou porque o amor cresceu e ambas as pessoas não conseguem mais estar separadas e preferem abdicar do seu circulo de conforto em prole da relação. Ou porque o amor estagnou ou diminuiu e passar a ter uma vida em conjunto não é suficiente a pelo menos uma das pessoas e então termina tudo, ou então deixa-se andar até simplesmente se tornar insuportável. Precisamos encarar a realidade como ela é e perceber que esses são os desfechos possíveis. 
Confesso que estou numa fase da minha vida cheia de erros, se por culpa do destino ou minha não sei bem, e sim, continuo um tanto de consciência pesada por todos eles, mas acredito também que há horas de reflexão e horas de mudança e agora chegou a hora de fazer as coisas como deve de ser.
Certos erros fazem-nos crescer e valorizar o que nos faz falta. Nesta fase da minha vida a distância numa relação já não é um assunto leviano como outrora. Agora eu já penso duas vezes se é isto que eu quero para o futuro, se o coração apertado nos dias em que ele não está ainda é suportável, se a incerteza do amanhã ainda se aguenta. Mas a relação não depende só de mim e não vou forçar ninguém a ficar quando assim não é a sua vontade.

A ti meu amor digo-te apenas mais uma coisa: Tenho-te pedido para ficares... mas se não é o que queres (e sim basta quereres) não vou voltar a insistir.
SR